
Nosso mundo valoriza, sobremaneira, o ostentar e a aceitação social. Não basta estar bem, ser feliz, experimentar coisas boas ou ter saúde. Não! Só vale se isso for compartilhado nas redes sociais, se for reconhecido pelo outro, melhor ainda se for invejado por quem não é ou não tem. Aparência vale mais que essência. Não basta ter, todos precisam saber que se tem!
Dentre outras maneiras dessa lógica contraditória prosperar, tem-se um boom de procedimentos estéticos desnecessários, dispendiosos, arriscados e que precisam ser repetidos o tempo todo, já que não são sustentáveis nem a médio prazo. O objetivo? Beleza externa. No fundo, busca-se compensação pela “feiura” interior, que deve ser negada, extirpada, escondida...principalmente, de nós mesmos.
Observa-se cada vez mais um culto à estética perfeita, adquirida de modo artificial e que no fundo serve de vã tentativa de mascarar o que caracteriza o ser humano: nossos limites, nossa finitude, o envelhecer, o conflito entre o ideal de nós mesmos e o choque de realidade de quem somos.
Saúde é equilíbrio. Beleza não é pecado nem algo negativo em termos absolutos, mas é necessário que não seja um fim em si mesmo, o que distorceria sua função integradora: gostar de meu corpo, cuidar de minha saúde, exercitar minha capacidade de sedução e em termos gerais, ser saudável de corpo e alma.
Portanto meus amigos, pensem bem sobre suas prioridades. Não se endividem nem arrisquem a integridade física em busca de algo que não será suficiente para dar a paz que tanto espera. Essa paz só virá quando você se aceitar, reconhecendo seus limites e, ao mesmo tempo, identificando suas potencialidades de crescimento e evolução como sujeito. Aí sim, você saberá responder à pergunta mais importante de sua vida: Sou realmente feliz?